segunda-feira, 17 de março de 2025

Antes de reler minhas próprias palavras inesquecíveis... bem, vim jogá-las nessa cova, para enterrá-las, querendo que seja para sempre...

Assim mesmo como ficou: queria eu que fossem eternas, mas morreram quando foram contadas, contrariando a dor da poeta...

Foram constatações atiradas como pedras, todas a cravar pequenos furos no som e recobrir onde seriam camas de palavras, mas plantaram silêncio e nenhuma música restou...

Nenhuma que tocasse era para mim, todas para outro ouvido... minha audição habituada a sua rejeição, pelo tanto que não escuta o que é de mim, soou o ecoo do vazio naquela mesa... entre as cadeiras, o hanburguer e a garrafa de cerveja...

Apenas objetos... sem sentimento, sem sangue... sangrei quando me distanciava pela rua triste e escura... fui entrando na minha roupa pelas brechas do frio na via...

Todavia, olhei mais vezes para trás do que gostaria.

Hcqf 17 de março de 2025

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