Assim mesmo como ficou: queria eu que fossem eternas, mas morreram quando foram contadas, contrariando a dor da poeta...
Foram constatações atiradas como pedras, todas a cravar pequenos furos no som e recobrir onde seriam camas de palavras, mas plantaram silêncio e nenhuma música restou...
Nenhuma que tocasse era para mim, todas para outro ouvido... minha audição habituada a sua rejeição, pelo tanto que não escuta o que é de mim, soou o ecoo do vazio naquela mesa... entre as cadeiras, o hanburguer e a garrafa de cerveja...
Apenas objetos... sem sentimento, sem sangue... sangrei quando me distanciava pela rua triste e escura... fui entrando na minha roupa pelas brechas do frio na via...
Todavia, olhei mais vezes para trás do que gostaria.
Hcqf 17 de março de 2025
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