domingo, 31 de maio de 2015

Algo impossível de ser distinguido para se guardar como algo singular...




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Conversamos sobre dar respostas, mas... encontrei uma excelente pergunta que serviu.
Não coube como uma roupa que fica linda e deixa maravilhosa, coube como uma corda bem amarrada ao pescoço, que chego mesmo agora a sentir o nó apertar.
Dói demais...
Enquanto escrevo, pouco daquelas palavras me encontram, mas foi de propósito que as perdi. Não queria ouvi-las, mas ler não teve efeito contrário...
Escuto o conselho de antes e percebo que eram palavras perfeitas para que(m) eu disse(sse), como quando alguém coloca letra por letra de cada palavra na sua boca, e no conta-gotas mato a sede com minhas próprias lágrimas... São lágrimas de perder... Alguém que teve o tesouro, desgastou tanto que virou areia no deserto... Algo impossível de ser distinguido para se guardar como algo singular...
Não eram para mim aquelas palavras, eram sobre mim, sobre o que eu iria sentir há poucos minutos dali... Sobre como o cobertor não esquenta uma alma fria... Sobre como o que sobra não é capaz de saciar... E eu sou uma so(m)bra sem esse “sim”...
Sobrou muita coragem para pouca verdade... Sobrou muita covardia pra muita mentira... Deixei ir embora o que talvez nem existia pra mim, mas existia no mundo... (atuado agora)...
Fugi pra não sentir o peso dos dias, e agora, fora de hora, carrego cada segundo dessa história e sua carga pra mim... E ainda não senti tudo... Mas desejo sentir, já que foi tudo o que me sobrou, e sou alguém que vive de sobras. Como já disse, faço uma questão idiota de sentir cada migalha, só para ter algo com o que me debruçar sobre um colo que queira me consolar...
Sou extremamente mimada mesmo... Adoro o consolo dos abraços... Viveria disso sem pestanejar... Não encontrei ainda outra forma de procurar esses abrigos... Mas está chegando a hora de (des)colar... E o braço que mais venero já não está a minha espera há bastante tempo... Ele me ensinou o valor da saudade... meu valor mais caro e que mais aguardo por abandonar...
Devo aprender a encontrar e não a me debruçar em um consolo e lastimar... Talvez seja este tipo de laço que eu esteja procurando há anos... Contudo, tenha medo de bancar... Tem alguém que verdadeiramente eu gostaria de encontrar, mas me n(ego) a sentir o medo que tenho de ser rejeitada (talvez outra vez). E (re)nego esse colo, como se fosse de Graça... Mas não, é muito precioso... É enriquecedor de dentro pra fora... Poderá me fazer rica de história, ou pobre de amor, mas rica de certeza...
Preciso encontrá-lo enquanto consegue falar... E enquanto algo de mim ainda se parece com ele... tem a ver com ela... tem em mim e nela...
Se for escrever essa história, vou passar horas, repetindo palavras alheias... Quero palavras inteiras, com destinatário condizente... Para então enodar esse laço social ausente... Pra você dar o nome.
(HCQF/abril-maio/2015)
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Pra Você Dar o Nome (5 à Seco)
     Deixa pra lá
Que de nada adianta esse papo de agora não dá
Que eu te quero é agora
E não posso e nem vou te esperar
Que esse lance de um tempo nunca funcionou pra nós dois
      Sempre que der
Mande um sinal de vida de onde estiver dessa vez
Qualquer coisa que faça eu pensar que você está bem
Ou deitada nos braços de um outro qualquer
Que é melhor
Do que sofrer
De saudade de mim como eu tô de você, pode crer
Que essa dor eu não quero pra ninguém no mundo
Imagina só pra você
      Quero é te ver
Dando volta no mundo indo atrás de você, sabe o quê
E rezando pra um dia você se encontrar e perceber
Que o que falta em você sou eu...
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OBS: Imagem colhida no Google.