sábado, 23 de agosto de 2014

Por hora...

      

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           Adeus sem demora
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Das coisas do agora
Que a gente só sabe quando vão embora
Perdi espaço no mundo
Perdi um bocado de abrigo
Pedi um laço sofrido
Dei mais angustia que carinho
Fui consolo sem acalanto
Fui embora de mansinho

A briga da partida foi outrora
O motivo de partir foi o presente
O passado ainda não cumpriu sua história
Na escola da vida a razão se fez ausente
E a emoção inconsequente
(HCQF/ jun-2014)

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Incalculável, mas não é impossível...


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O amor é sentimento tão profundo, que fica até difícil dizer e sentir. Parece que sentir vem sempre na frente, enquanto que o dizer fica mais pro meio, ou ainda mais frequente no fim.
Parece que o dizer não dá conta do que contém o amar, o amado ser, então, isso fica ainda mais difícil de agradecer. É algo tão estranho e tão repleto de ganhos, que modifica a maneira de pensar. Aí, demora-se um tempo pra reaprender a falar, porque algumas palavras perdem o significado, enquanto outras acabam de ganhar.
Não é gostoso dizer, como é gostoso ouvir, mas com certeza SENTIR, isso não tem remédio ou solução. Faz parte das coisas que demonstram os limites do mundo, faz parte das coisas que mostram o tamanho do coração, a imensidão da vida.
E mesmo assim coloca os sentidos em último plano. O engano vira aliado, parece que todos sabem quão preciso é seu achado...
Mas viver um amor não tem segredo ou fórmula. Só tendo essa graça pra poder saber. É algo incontável, indizível, incalculável, mas não é impossível.
Está entre as grandes possibilidades que a vida planeja. Está planejado em nosso DNA. Sim, todo homem vai amar, mesmo que não queira, mesmo que não seja amado, mesmo que perceba, e se não perceber, terá recebido o maior presente ao preferir levá-lo consigo de maneira leve. E certamente, o ser amado terá a pretensão de ter encontrado a vida ao recebê-la.

(HCQF/maio-2014)

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Cantando:
"Quando chove na cidade
Eu lembro de você
Daquela vez que caiu o céu
E eu te coloquei de baixo de mim
Da primeira vez que você chorou
Deitada no meu peito
Coração
Quente de dor e amor
Quente de dor
Demorou pra ser
Demorou pra ver
Mas agora é"
(Demorou pra ser  - Vangart)

sábado, 10 de maio de 2014

Alívio/Abraço

A sensação é que a vela acabou...
É escuro ancorar em qualquer lugar
É chuva e tempestade
Trovoada no mar
Ressaca...
Cansa e desmorona
Mora e acorda no lugar de sempre
Bêbada...
Fogo que seca a palha
Não a degrada
Dilacera, perde vida
Mas reintera...
Onde está o sentido?
Que significado tem agora?
Como encontrar, ancorar e acordar?
O sonho foi embora, antes da noite acabar...
De sono, de corte
Em meio a madrugada
De nada!
Nada a declarar...

(HCQF/maio-2014)

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Pensando:
"Nada nos é preenchível e mais necessário,além da presença: porque alívio se chama abraço." (Patricia Vicenssoti)

Lembrei:
"Eu vejo em seus braços o laço perfeito..."
(Me abraça - Ivete Sangalo)

"Quando é saudade, a música pequena nos canta uma memória toda."
(Patricia Vicenssoti)

Bolg: http://intensamenteborboleta.blogspot.com.br/

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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Afecção/8i8/Afeição



L’amou(ria)

Ninguém poderia ser punido ou julgado por amar. O amor é a coisa mais importante do universo e perder um amor é a coisa mais difícil do mundo. É ele o responsável pelas mais maravilhosas construções, materiais ou imateriais. 
Então, qual a razão para desrespeitar um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo? Qual motivo para desqualificar um amor por ser platônico?Ou ainda, por que desconsiderar o sentimento de alguém que permanece com o parceiro mesmo sendo ele agressivo?
Todo amor é indispensável. Ninguém é capaz de conter a potência que esse sentimento tem e sua capacidade de nortear nossas ações. Somos fortes o suficiente para aceitar o amor de quem não amamos, mas não somos suficientemente fortes para não sofrer diante de uma separação, seja ela amigável ou não, seja ela definitiva ou não, e pior ainda será se for abrupta, como a morte do ser amado.
Perder um irmão, os pais, um familiar muito próximo, um cachorro ou gato de estimação, o amigo mais chegado, alguém por quem estava perdidamente apaixonado: não tem uma dor mais cruel.
Imagino que ficar sem um membro, ou com um comprometimento motor muito sério, seja algo dificílimo de aceitar, no entanto ainda está em você a chave para dar outro sentido pra essa experiência e, principalmente, se estiver perto o suficiente do aconchego de seus entes queridos.
Agora, fico imaginando a falta de alguém muito especial, alguém que você queria estar tão perto que talvez, isso te fizesse parte dele e vice-versa. Nessa situação a sensação de impotência, de fraqueza, de tristeza, de dor é dilaceradora. E os pedaços que se perde são irrecuperáveis. Ás vezes a pessoa vai pra muito longe pra nunca mais te ver, ás vezes fica perto, mas quer ser como um estranho pra você, e por vezes a distância é algo intransponível, porque a pessoa está no céu e você na terra.
Eu poderia conjecturar que só alguém que já sentiu tamanha saudade é capaz de entender, e por isso julga esse ou aquele relacionamento o mais certo. Contudo, essas perdas irremediáveis são capitais, não há como desconhecê-las, pois (re)conhecer alguém com essa ferida, afeta.
(HCQF/fev-2014)

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Uma marca aprova d'água

 
        
                    Espera

Esperei um tempo pra te visitar
Sei que demorei
A estrada da vida é longa
Mesmo pra quem sabe onde vai dar.
Na espera perdi algumas lembranças
Mas as melhores histórias
Foram impressas na alma
Onde a tinta é invisível
E a marca é a prova d’água.

(HCQF/maio-2013)


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Hoje queria que minha cabeça fosse uma máquina de esquecer,
mas tantas vezes fugir desse assunto que recalcar não funciona mais...
Faço tantas coisas pra esquecer, colocar uma pedra... tudo... e nada.
Mas nada deu certo até agora.
Tomei então a única decisão plausível: falar.
Isso me lembra as palavras de Lulu Santos: “Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder, deixo assim ficar subentendido, como uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer, pode até parecer fraqueza”.
Falei e já sinto o vazio da conseqüência: saudade do que poderia ser, porém já não há mais tempo pra isso...
Pensei “Suplico que não me mate não dentro de ti”, linda letra de Nando Reis e música do Skank.


Ouvindo
"Eu planejei só chorar quando terminar
E planejei não te amar mais do que você a mim
Escrevi frases que sonhei ouvir de você...
Eu me dei mais do que você queria
Eu te quis mais do que você sabia
Eu fui sua mas você não me via...
Eu não fui enquanto você desistia...
E a ilusão era minha... Minha companhia."
(Minha companhia - Luiza Possi)

Cantando:
"Eu acordei sentindo o coração pesado
Vou voltar para onde eu comecei
A chuva da manhã
Agora, apesar de querer você aqui
Aquela mesma velha estrada que me trouxe aqui
Me chama para ir para casa...
Mas como tudo que eu já conheci
Você vai embora um dia
Então vou passar minha vida inteira escondendo meu coração
E não posso passar minha vida inteira escondendo meu coração"
(Hinding heart away - Adele)


"Aprendi que o amor não conhece o tempo, mas reconhece a saudade. Saudade de quem está, mas não é..." (HCQF/jan-2014)