quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sobre o agora...


















Em meio à estrada

Quando na estrada o sentimento nos acha
Corre, de certo, pra dentro um pouco de nós
Tímido e cheio de incerteza
Duvida da vida
Vela a partida indesejada
Imaginada como a justa medida

Mas é corrida sem chegada
Busca indefinida
Ciclo de círculos sem medida
Fuga do costume de ser sozinho
Partida para a casa do vizinho
Temendo como será na entrada

E de nada adianta a falsa coragem de subir
É preciso pensar em descer pelo caminho do conquistar
Para então alcançar o gostar
E lá bem à frente o tão temido querer épico
Sonho dos poetas
Delírio dos apaixonados
Desperdiçado pelos ingratos
Eternamente desejado
Enclausurado ao peito
Nos achados e perdidos.

(HCQF/dez-2011)

E agora lembrei do que diz Adele em "Hiding my heart away":

“I woke up feeling heavy hearted
I'm going back to where I started
The morning rain
The morning rain
Now though I wish that you were here
That same old road that brought me here
Is calling me home
Is calling me home
I wish I could lay down beside you
When the day is done
And wake up to your face against the morning sun…”
(Hiding My Heart Away - Adele)

“Eu acordei sentindo o coração pesado
Vou voltar para onde eu comecei
A chuva da manhã
A chuva da manhã
Agora, apesar de querer você aqui
Aquela mesma velha estrada que me trouxe aqui
Me chama para ir para casa
Me chama para ir para casa
E eu gostaria de poder deitar ao seu lado
Quando o dia acabasse
E acordar com seu rosto sob o sol da manhã...”
(Adele)