quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

São Valentin

 Ainda dói...

Eu vejo caminhar, eu escuto rumores sobre a vida...

Eu imagino companhias...

E eu nunca estou, verdadeiramente, lá.

Não faz sentido estar tão perto, ainda que eu insista.

Persiste em mim um desejo de gota...

Sou eu, ou é a chuva que não esconde o frio desses dias.

Ter para quem dizer... mais do que com quem contar.

Eu sei porque contei e não pude dizer mais nada depois da porta-escuta fechar a janela da casa abandonada.

Troquei os nossos in-cômodos de lugar, como quem arrasta um sofá, ou uma mesa com o tampo de marmore (sozinha)...

Levantou poeira... é carnaval... meu eu mais remoto é de fevereiro...

Eu mesmo sou dos confins do ano e do universo... 

Escapo pelo nevoeiro pueril dos nossos desentendimentos cotidianos...

Para re(a)ver o en-canto/cômodo da sacada e as músicas tristes...

Anúncio d'Alva que revimos, juntos, sentados em frente a ciumeira frondosa...

Única testemunha viva da colisão daquelas duas noites tristes.

Feliz dia dos abandonados!

Hcqf 14 de fevereiro de 2025.


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