Ainda dói...
Eu vejo caminhar, eu escuto rumores sobre a vida...
Eu imagino companhias...
E eu nunca estou, verdadeiramente, lá.
Não faz sentido estar tão perto, ainda que eu insista.
Persiste em mim um desejo de gota...
Sou eu, ou é a chuva que não esconde o frio desses dias.
Ter para quem dizer... mais do que com quem contar.
Eu sei porque contei e não pude dizer mais nada depois da porta-escuta fechar a janela da casa abandonada.
Troquei os nossos in-cômodos de lugar, como quem arrasta um sofá, ou uma mesa com o tampo de marmore (sozinha)...
Levantou poeira... é carnaval... meu eu mais remoto é de fevereiro...
Eu mesmo sou dos confins do ano e do universo...
Escapo pelo nevoeiro pueril dos nossos desentendimentos cotidianos...
Para re(a)ver o en-canto/cômodo da sacada e as músicas tristes...
Anúncio d'Alva que revimos, juntos, sentados em frente a ciumeira frondosa...
Única testemunha viva da colisão daquelas duas noites tristes.
Feliz dia dos abandonados!
Hcqf 14 de fevereiro de 2025.
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