E lança ainda mais perguntas aos amantes das suas reflexões... Posto que desvela o incômodo desencontro de sentido sustentado pelos amantes.
Tal que certos de serem amados, aqueles agraciados com tamanha certeza, tenham uma dimensão restrita do que em verdade é ilimitado. Enquanto a quem é dada a desgraça de conviver com dúvidas também se realiza a graça de sentir, que seja, um traço do infinito disso que amplia fronteiras entre o Eu e o outro.
Inconsolavelmente, como é próprio da poesia, confudem-se areia e (a)mar nas margens estragadas dos confins entre o oceano e o continente.
E eu, que já amei até enfim me saber amada, de novo perdida de amor, como se fosse a primeira vez, nada sei e navego suas incertezas nas margens da escrita, porque reencontrei quem me provoca as perguntas sem esperança de responde-las.
Hcqf 7 de julho de 2025
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