sexta-feira, 10 de julho de 2020

Ala(r)do


Pensei que tinha encontrado alguém com os defeitos a mostra, com o coração aberto e a poeira tinha sido jogada fora...
Não foi...
Eu estava distraída e tropecei em um caminho entrecortado de paradas (talvez paredes)...
Para ele ainda tem algumas milhas, talvez (interna)cionais...
O encontro comigo não foi planejado. Perdidos, contamos, sobre a mesma estrada, histórias diferentes... Eram os olhos que perdidos desviavam o sentido da caminhada... Mas quem nos leva, carregando nosso peso e medida, são nossas pernas... Cansadas, passaram longos dias adormecidas e edemasiadas... Assim que o inchaço passou... lançaram-se ao acaso...
Era hora de partir...
O corpo é a agonia que se levanta... A alma, a angústia que deseja... Os olhos, o sonho que escorre, de vez em quando...
Quando as pernas (com a alma) desejam descanso para a agonia (do corpo) de desvelar o sonho (o que faz o olho enxergar), o amor se derrama na história.
É pequena a probabilidade de todos esses fatores se alinharem em duas vidas... Por isso, amar é raro, e morrer de amor é descansar.
H. C. Q. F. 10 julho de 2020
*Imagem do Google

Escutando:
https://youtu.be/3QsMH5OmXbw

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