Consegui.... Acabou!
A última pétala caiu, depois que a chama foi soprada e a noite se "abreu", mas não mais pra mim.
Um pequeno romance inimaginável.... Foi o que ouvi de pequenos outros, sem escutar o que você dizia...
Ao teu lado na cama - desde o corpo virado pra mim, aos abraços de urso e até você embrulhar a gente com seu carinho - aprendi que um homem quando gosta, ele quer ser especial pra sua pequenina.
Eu não vou me permitir te ver me dando adeus... Eu sei que você não sabe, mas eu achei todo tempo que ia adoecer e morrer... Eu bati a cabeça muito forte dias antes de entender que tinha te perdido... Nem assim eu acordei...
Era difícil entender que uma mãe poderia ser tratada com respeito e carinho, depois de tudo que tenho vivido.
Sempre digo que os homens da minha vida me trataram bem e isso me fez amar ser mãe de um homenzinho. Sua mãe teria orgulho, não pelo que você tentou viver comigo, mas pelo que você conquistou, mesmo debaixo de uma pressão descomunal em um menininho.
Sabe o dia da moça que te abraçou e celebrou no "bar escuro"? Eu me senti ínfima, não por causa da sua altura, mas porque eu escutei todo mundo que falou mal de você, menos sua aluna. Eu apaguei aquela mulher lindona e cheia de boas intenções, porque eu não tenho envergadura moral para assumir que eu sou tola quando gosto de alguém pra valer.
Meu ex marido caminhou comigo no meio das trevas e eu soltei a mão dele no primeiro obstáculo em que ele tropeçou. Eu não voltaria pra honrar nosso vínculo, porque a Luz-menininha é um presente que ele merecia - queria ser pai de menina.
Espera um pouco, vai chegar a sua estrela da música brasileira, todos meus amores tiveram sua Marina.
Eu não consegui descrever nossas madrugadas, porque eu só sei descrever o que me dói. E quando você tocou em mim com força e intensidade, eu senti meu corpo ir acordando... Mas de um coma profundo, como a protagonista de um dos meus romances favoritos.
Que aliás, eu reencontrei na travessia desse último fim de ano. E agora, "Para Sempre" é meu.
Eu juro, eu vou voltar a ler minhas obras tão desejadas na estante. Amo cada uma desde quando chegaram... Vieram encantadas, por cada reencontro com seus títulos e estórias. São um sonho dramatizado numa casa meio em pé, meio derrubada, na minha infância.
Eu não podia te dizer nada disso, senão agora não sobraria sentido nem na minha escrita.
Obrigada por ver em mim mais do que tinha. Agora eu vou encontrar algum pedaço meu perdido nessa tristeza. Vou regar com carinho e força, como você fez comigo, a tessitura (de composição musical mesmo) e a interpretação das coisas.
E espero ser respeitada, nem que seja um dia, por minha forma estranha e solitária de ler a vida.
E ninguém nunca mais vai me levar por uma noite sem cantar uma música, ou dizer que se importa por eu ter sido muito magoada algumas vezes.
Desculpa, amor, você me pegou e abraçou desprevenida.
Até outra vez na vida, Br(Eu).
Hcqf. 16 de jul de 2023
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