Vim confrontá-lo, para além das pausas e reticências... Talvez queira até despertá-lo de uma vez... ainda não sei...
Tenho o chamado de silêncio, mas poderia chamá-lo escuro... ou sereno...
Foi serenando as coisas... ficando devagar... espaçado...
Foi afastando-se de mim sem me tocar, sem me chamar, mesmo em cada convite e reencontro...
Deixei de senti-lo e isso me tomou com muita força de uma intensa violência.
Rasgamo-nos para fugirmos de nós:
eu, o silêncio e a saudade.
Sigo acompanhada dos seus pensamentos musicais, lamentos...
E o nada que agora me atinge na sua forma mais evidente...
Silencia as mentiras que contei pra mim, para não ver o que me mostrava.
Cala as promessas e planos que nunca escutei de você, mas criei nos meus devaneios.
Serena as lembranças lindas que não temos, especialmente, dos últimos dias...
A própria pessoa nos verbos em conjugação nunca existiu no presente...
Fomos cada um, por si.
E agora é o fim que inaugura o significado de nós com o único sentido avistado: não existir.
OBS: Last goodbye - Jeff Buckley
H.C.Q.F. 25 de junho de 2025
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