Da última vez quando com o amor encontrei, o que vi primeiro foi o invisível...
Não enxerguei o que vi, foi o meu sentir quem lhe reconheceu um sentido...
Foi e ainda é sensível escutar sua voz...
Nas voltas do mundo, amor a primeira escuta, ainda não tinha "ouvisto"...
E foi como se tivesse visto, no primeiro áudio, sua forma se materializar...
Me apaixonei por sua boca falando sobre saudade e senti a distância entre as nossas casas, como se fossem polegadas contadas em batidas no meu peito.
Também é sobre ver sentido no meu corpo... eu me percebo vibrando de ponta à ponta, em busca dos seus doces dedos...
Um gosto que se afirmou nos meus sonhos: não consigo esquecer, sem jamais retê-lo comigo...
Saudade, em mim, tem gosto de uma voz açúcarada e macia... por isso ela dorme comigo, abraçados a noite: eu, você e o invisível.
H.C.QF 09 de março de 2023
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