Quando eu soube do filme "5 feet apart", eu pensei: mas um romance bobo, pra ver na fossa da solidão.
E o algoritmo sempre me envia trechos e eu sempre leio e reflito, rapidamente... mas agora, um pouco mais rápido, pra não dar tempo de voltar a doer.
Nossa, doeu bem pouquinho mas experimentei a ponta dessa dor: deixar ir.
"Let it go!" É tão inglês, tão americano e anglo-saxônico... mas tem em mim uma raiz profunda e sedenta.
Fui assistir o tal filme, pois seus elementos me capturaram dentro do que consigo trazer pra luz: estarem de máscara - e o mundo na pandemia; uma personagem se chama Stella - e eu gostar bastante desse significante ingrato na minha história; agora acho que ele chamar Will, também soa familiar - meu romântico favorito é William Shakespeare; hospital também é um contexto caro pra minha vida - medicina é destino e remédio do ponto que parti com meu coração.
Depois desse contexto, não dá pra evitar contar (em números também): ainda estou calculando o diâmetro do poço em que me escondi de amar. Não sei ainda se vai fechar a ferida/escolha que sempre avistei como opção sobre quem fez parte da minha história. Está nos meus filmes favoritos: decidir deixar, que é uma forma injusta/covarde de amar, mas que está lá para evitar a morte do ideal; para não ter que sustentar as consequências mais severas dos seus defeitos, magoar alguém com quem você se importa; para não viver o suficiente para ver que o monstro debaixo da cama estava dentro de você.
Puxei o fio que escondi antes de ver "5 feet apart" e aquele doce me doer a garganta, como um choro contido e doloroso represando muita dor.
Um Alguém conheceu meu pior ângulo, isso desde o físico... viu meus vilões, reconheceu as raízes dos meus dejetos e a lama que escondo debaixo da cama...
E eu não suportei! Era embaraço e tão comum, que desmontou os artifícios que criei para escondê-los...
Se é possível alguma "medic(ação)"... uma pausa na minha elaboração, se re-fez...
Agora, eu já não sei...
Tá próximo do aniversário do meu filho, e é sobre isso também esse texto, só não sei em que...
Hcqf, 26 de maio de 2022
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