Primeiro você começa a me rodear como quem se prepara para dar o bote...
Depois eu piso no de propósito em uma armadilha para te encontrar.
Você não aparece, eu caio em uma prisão,mal feita.
Outro predador me espreita e me encontra enjaulada.
Ao se aproveitar, talvez por querer, também me liberta de você...
Nos perdemos novamente.
Mas Ao te rever, brigas e mais desencontros.
E você disse que a boca nega o que o coração quer dizer.
Mas os atos nos atravessam.
Eu te sinto chegar perto e esquivo, por reflexo.
Nossos olhos se repelem até que você escurece a face inteira, quando te encontro desprevenido me olhando sério.
Você estava com sono, eu constrangida.
Você havia dito pra uma platéia: "não esqueci". Mas eu sei que quando afirma, mente pra mim.
Mais umas tentativas de me dizer alguma coisa, eu não levanto a cabeça, você sempre fala comigo e com todos à mesa...
Se refere a mim, pra se despedir, primeiro.
Eu vejo o que você faz e como decide ir embora se justificando que faz toda diferença "dormir 10 minutinhos".
A chuva forte e fria me faz rir e gritar de frio.
Você se aproxima e eu penso na sua blusa e na sua casa, mas ando duas casas pra frente no tabuleiro. Fico entre as pessoas e você pra trás no frio, na chuva.
Chove muito, muito e mais...
Entramos no carro: todo mundo ali dentro tem alguém, menos eu.
Na verdade sai do carro quando alguém vi que todos sabem da sua namorada.
Nada aconteceu!
Nada, nem antes, nem agora.
Eu tomei banho, dormi bem e eu continuo chovendo frio.
11 de dezembro (janeiro) de 2024.